O Oeste do Paraná é conhecido por sua forte atuação na suinocultura. De acordo com a Assuinoeste, Associação Regional de Suinocultores do Oeste, existem mais de 16 mil propriedades rurais voltadas para essa atividade na região. Isso traz crescimento econômico, mas também gera preocupações, afinal, os dejetos dos animais se tornam um gritante passivo ambiental quando não têm a destinação correta (e nunca param de ser produzidos!)
E o que fazer com todo esse cocô de porco, que pode ser contaminante se não for tratado adequadamente? A resposta mais benéfica para o meio ambiente é: transformá-lo em energia. Essa é uma das principais razões que fazem do biogás uma alternativa energética sustentável.
“Esses dejetos quando não tratados vão para o solo e chegam ao lençol freático poluindo a água. Além disso, com esse processo correto, a gente elimina vetores, moscas, qualquer bicho que possa estar vinculado aos dejetos, além de possíveis patógenos. Fora a diminuição do odor forte, motivo de reclamação constante. Por darmos condição de tratamento desses dejetos, também possibilitamos que os suinocultores ampliem a área destinada à atividade, gerando maior renda e desenvolvimento para a região”, afirma Thiago González, diretor técnico da EnerDinBo, que hoje já tem 40 suinocultores cadastrados em um sistema que recolhe gratuitamente esses dejetos nas propriedades, já que são a principal matéria-prima da usina.