Transformar problema em solução, danos em benefícios, preocupações em evolução. É o que a EnerDinBo, proprietária da 1ª usina híbrida de biogás e energia fotovoltaica em grande escala do país, já está possibilitando.
O sistema fotovoltaico já é mais conhecido dos brasileiros e faz uso de placas solares para gerar energia elétrica. Mas como é o processo para gerar o biogás?
Quem explica é o diretor técnico da usina, Thiago González: “Vamos até a propriedade dos suinocultores parceiros e coletamos os dejetos dos suínos sem custo, trazemos para a usina e fazemos uma separação da fração líquida e da fração sólida, porque o que interessa é o que tem de sólido para produção do biogás, e garantimos a retirada dos dejetos, que são inerentes à atividade. Depois, os resíduos entram nos chamados biodigestores que são ambientes sem a presença de oxigênio e ali o material passa por quatro fases até chegar ao produto final: biogás com 65% a 70% de metano, 25% a 30% de gás carbônico e demais gases como oxigênio e nitrogênio. O que a gente almeja é essa concentração maior de metano, que potencializa a geração da energia elétrica”.
Todo esse biogás produz energia que é injetada na rede de distribuição da Copel, Companhia Paranaense de Energia, e distribuída para usuários de todo estado que têm alto consumo energético. Só os dejetos de suínos são capazes de gerar hoje 1 megawatt/hora, o que é suficiente para abastecer cerca de 2.500 residências. A intenção é ampliar a produção para 2,5 megawatt/hora, para alcançar até 6 mil residências.