Celso Junior Cestari é um dos suinocultores parceiros da EnerDinBo, usina híbrida fotovoltaica e de biogás localizada em Ouro Verde do Oeste, Paraná, e conta como sua realidade mudou desde que a usina passou a recolher os dejetos de sua propriedade para transformá-los em energia. “Os dejetos eram utilizados na fertirrigação das pastagens e lavouras, mas no período de entressafra era um problema porque acumulava muito, principalmente no período de chuvas, que vai de meados de novembro a fevereiro”, relembra.
Este acúmulo resultava também em fortes odores e a presença constante de vetores, moscas e outros bichos possíveis patógenos que poderiam estar vinculados aos dejetos. Além disso, com a destinação correta, os suinocultores têm a possibilidade de ampliar a área destinada à atividade, aumentando consequentemente sua renda e desenvolvendo toda a região.
No caso do Celso, a granja, que tinha 1700 porcos, passou a contar com 2400. Além disso, o ciclo se fecha com a produção de biofertilizantes feitos com o que sobra da geração de energia. O produto é doado aos suinocultores cadastrados, além de estar disponível para os demais que tiverem interesse. “Não precisamos nos preocupar mais com o destino dos dejetos e uma das vantagens é que quando precisar fazer uma adubação em alguma área posso contar com um produto de maior qualidade e que não vai agredir o solo nem o meio ambiente”, elogia o suinocultor.