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Biogás pode impulsionar o desenvolvimento da suinocultura no PR

Biogás pode impulsionar o desenvolvimento da suinocultura no PR

O Paraná coleciona números invejáveis quando o assunto é o agronegócio, e com a suinocultura a história se repete: o Estado conta com o segundo maior rebanho de suínos do Brasil. A região de Toledo é responsável por 25% da produção estadual. O município de Ouro Verde do Oeste, que integra a região, tem sua economia centrada na agropecuária, onde está enquadrada a suinocultura. Ao mesmo tempo em que a cadeia produtiva é o sustento de muitas famílias, também é um grande problema ambiental, por conta da dificuldade de destinação correta dos dejetos. A chegada da primeira usina híbrida de biogás e energia fotovoltaica em larga escala do Brasil ao município, da empresa EnerDinBo, está mudando essa realidade.

A usina, que entrou em funcionamento recentemente, se utiliza da energia solar, e do biogás produzido a partir dos excrementos dos porcos. A decisão para instalação em Ouro Verde do Oeste foi estratégica: há 22 suínos alojados por habitante no município, que produzem +1000 toneladas de dejetos por dia - antes, um passivo ambiental; hoje, matéria-prima de primeira necessidade para a usina.

“Nós vamos até a propriedade do suinocultor e coletamos os dejetos dos suínos sem custo nenhum. Fazemos toda a logística da coleta bem como o tratamento desses dejetos na nossa planta de geração de energia elétrica a biogás. Os dejetos chegam na usina e passam por uma breve separação da fração líquida e da fração sólida, porque o que interessa é o que tem de sólido para produção do biogás. Fazemos separação para garantir a retirada de materiais que são inerentes à atividade de suinocultura. Depois isso entra nos chamados biodigestores, em um ambiente sem a presença de oxigênio”, explica o diretor técnico da EnerDinBo, Thiago González.

Devido à ausência de local adequado para a destinação de dejetos e subprodutos da produção de suínos, a expansão das granjas estava limitada, diminuindo o potencial econômico para o produtor e, consequentemente, para a região. Com a alternativa, o cenário é outro: além da certeza de que o material ganhou uma importante serventia, o produtor também pode aumentar o número de animais.