Quando falta chuva, o produtor rural sofre. Na região Oeste do Paraná, o período de estiagem castigou de forma significativa os agricultores e pecuaristas, que encontraram alívio no biofertilizante produzido pela EnerDinBo.
A usina tem dois produtos resultantes do trabalho no biodigestor: o biogás e o biofertilizante. “O biodigestor é abastecido com matéria orgânica, no nosso caso dejetos de suínos. Ali dentro ocorre a digestão anaeróbia, sem a presença de oxigênio e aí surge o biogás e o biofertilizante ou digestato. Por mais que o digestato não substitua a chuva, ele ajuda a manter a umidade do solo com a matéria orgânica que ele ainda tem e com as outras características que são inerentes à aplicação com alguns nutrientes como nitrogênio, fósforo e potássio, levando-os para dentro do solo”, explica o diretor técnico da EnerDinBo, Thiago González.
Para Giovani Denardi Daros, produtor de gado de cria, atravessar o período sem chuvas foi um sufoco. A grama para alimentar o gado sentiu muito a falta de água, e o produtor já previa prejuízos. As perdas puderam ser evitadas com o biofertilizante, que ele classificou como “fantástico”. “É impressionante a resposta da grama em apenas uma aplicação - foi algo inacreditável. Eu calculo que em um m² que sem o produto da Enerdinbo produziria um quilo de massa no período de 30 dias, após a aplicação do biofertilizante eu acredito que vai produzir cinco vezes mais. Na minha propriedade, onde hoje eu tenho de 5 a 7 vacas por alqueire, vou poder colocar 15 por alqueire”, relata Giovani.
O biofertilizante é líquido e a produção é de 380 m³ por dia. O produto é disponibilizado prioritariamente aos produtores que são fornecedores de matéria-prima para a usina, porém, quem não participa do projeto também pode solicitar.